Fatos cotidianos diários do dia a dia...
Eu sempre digo que os filhos de Deus não merecem passar o que passam no Metrô Rio. Hoje fomos à psicóloga, no Largo do Machado. Moramos próximo à estação Vicente de Carvalho, e quem mora no Rio sabe que é bem distante de onde fomos. Fui sozinha, pois Alan já tinha ido mais cedo com Mateus, e conseguiu lugar por estar com criança. Eu fui de pé, mas respirando, o que é um prêmio pra nós usuários. Na volta, decidimos ir até a estação de Botafogo, que é o terminal para a linha 2, pensando pegar o metrô mais vazio.
Então as pessoas vão se acumulando na beira da plataforma, amontoando onde tem uma faixa no chão indicando onde é a porta do trem. Alan com Mateus no colo (sou lerda demais pra isso), eu ao lado. Eis que saltou um pessoal que estava vindo da zona sul, pela linha 1. Um rapaz desceu e ficou parado, bem na beira da plataforma, na frente de todos nós que já nos amontoávamos por ali. Uma senhora protestou algo e ele fingiu que não ouvia. Achei um absurdoooo
Daí o trem se aproximou, e as pessoas começaram a se espremer e se empurrar. Não importa se você tem criança, ou se tem 90 anos, aids, cancer, lupus, qualquer coisa. Você vira um animal a ser abatido. Eis que... a porta estava com defeito e não abriu. Tivemos que correr pra outra, e o vagão já estava cheio. Uma alma bondosa deu lugar pra que eu sentasse com Mateus, a contragosto, pois primeiro sugeriu que Mateus sentasse no seu colo. Imaginem, o senhor "não me toque" no colo de uma estranha...
Tirando a falta de estrutura do Metrô, achei bem feito pro espertalhão que passou na frente de todos, deve ter ido em pé até em casa. Então você me pergunta, ou não me pergunta, mas eu respondo mesmo assim: A que horas foi isso? 5 e meia? hora do rush? nãããão, foi 3 e meia da tarde. Porque depois das 5 você leva 40 minutos só pra entrar no vagão. E depois que entrar, é melhor olhar pra cima pra ver se consegue um pouco de oxigênio. Ninguém merece isso, gente. Ninguém mesmo! E depois fomos aturando o Mateus choramingando, e eu ameaçando colocar ele de pé se ele não ficasse quieto. Sei o quanto é chato uma criança chorona dentro da condução quando só queremos silêncio no fim de um dia de trabalho. Ainda bem que pelo menos eu estava sentada!
Enfim, é isso! Temos que aprender a viver assim, numa selva, tendo que rosnar e latir para outros da mesma espécie para marcar território, ou seja, conseguir espaço. E nos conformamos com isso, porque desse caos depende nossa sobrevivência. Eu pego metrô eventualmente, pois trabalho fora da rota do rush. Mas e aqueles que passam por isso todos os dias? Deus os ajude e a mim não desampare!
Beijos a todos
Comentários
sobre as cmidinhas...toda vez que faz algo...faça a mais e já congela! adianta pra caramba!
Beijinhos