Lembra que antigamente tinha blog?

Pois é, antigamente tinha blog. Esse aqui e o outro que eu tenho foram criados na primeiradécada de 2000. O do Mateus foi primeiro (mateusmilagre.blogspot.com) e o criei quando estava perto de fazer 1 ano. 

Conheci este modelo de conteúdo no falecido Orkut, nas comunidades que eu participava sobre maternidade, infertilidade, prematuridade, etc. E conheci vários. E resolvi escrever também, pois sentia que gostava de compartilhar pensamentos. 

Como tudo no capitalismo (falhou, falha E falhará) o blog virou negócio e eu primeiro achei que deveria também fazer do meu um negócio, depois enjoei do modelo. E fui para as redes sociais. 

Recentemente tomei nojo de redes sociais e parei de entrar. Simplesmente parei. Estava me fazendo mal de várias formas diferentes. Estou há 1 mês sem entrar. Entro se alguém me mandar vídeo de lá pelo whatsapp, vejo e saio. Ou se algum tipo de informação que eu buscar estiver lá. Mas parei com o péssimo hábito de scrollar.

Ontem me peguei refletindo se este desejo de desconectar é um tipo de nostalgia. E eu tenho algumas reservas com nostalgia. Acho que é um apego a uma memória seletiva. A gente só quer voltar ao passado porque só lembra das coisas boas de lá. Mas muitas coisas foram ruins. Ao mesmo tempo, eu lembro com saudades do tempo em que eu tinha tempo e não era sugada 10h por dia por essa telinha retangular que cabe na mão.
Hoje venci a sabotadora e resolvi passear com as minhas cachorras. E aí lembrei do tempo que tinha blog. E reli alguns textos meus. E gostei. Então resolvi reativar esse blog e escrever nele. Pra quem? Pra quem gosta de ler. Mais pra frente eu vou montar PDF dos textos que vou escrever aqui pra quem desejar ler no Kindle, que é mais agradável de ler e não agride os olhos. 

Será que vou manter este formato de conteúdo? Será que vou falar sozinha? Será que, como sempre, vou largar de lado e continuar vivendo a vida? Não sei. Mas por enquanto é isso. Quem quiser saber o que estou pensando, vem aqui ler. Porque as redes sociais não são mais um instrumento de unir pessoas, são vitrines. E eu por enquanto não quero mais estar lá. Minha vida não está à venda. E eu não vou te vender um curso. 

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