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Profissão Ingrata

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Ser pedagoga é foda, meu irmão. FO-DA. Você faz uma faculdade difícil e complexa, na qual você não precisa decorar fórmulas e mexer com defuntos pra decorar nome de músculo, mas tem que ler e escrever enlouquecidamente e ser capaz de adivinhar o pensamento do mestre. Mas malandro fala que Pedagogia é a faculdade mais fácil. Vai vendo. Você, dentro da faculdade, se apaixona pela educação pública. Se apaixona pelo processo ensino-aprendizagem e suas complexidades. Decide que é isso o que você quer da vida, mesmo vendo o miserê das escolas que visita no estágio. Sangue jovem, vitalidade fervendo, seu alimento é o sorriso e abraço das crianças pobres. Aí você faz concurso pra pedagoga: orientadora. Eu já sou professora regente, vai ser fácil ter aceitação junto aos professores. Primeira paulada na moleira. Não importa se você passou a noite em claro lendo, comparando textos, destacando possíveis pontos polêmicos para se antecipar às discussões ou se catou de última hora um texto

5 formas de usar o celular na sala de aula

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No post anterior eu escrevi o quanto odeio ter que lutar contra o uso do celular na sala de aula, ao invés de usá-lo a meu favor. Pensei várias ideias que poderiam ser viáveis e que talvez a gente possa adaptar para a realidade de cada escola. 1. Pesquisas instantâneas Vamos admitir (pelo menos os que são como eu, que não desgrudo do meu celular). Quando eu estou numa reunião ou palestra, se não for interessante eu viajo na internet, pra longe daquele universo, esperando que tudo acabe logo. Se for interessante, eu uso também meu celular pra pesquisar mais sobre o assunto, pesquisar um livro citado pelo palestrante, um autor, um evento, uma forma de disseminar aquele conhecimento. Por que com nossos alunos precisa ser diferente? Fale sobre um assunto e deixe no ar um questionamento, instigando a turma a pesquisar e ensinando-os a buscar fontes confiáveis. E os que não têm celular? Neste caso, a turma pode trabalhar em pequenos grupos, sendo que cada um deles deve ter um aparelho.

A tecnologia é nossa parceira!

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Eu me rendi. Nem resisti. A internet me pegou de jeito e me apaixonou desde o início. Quero dizer, desde o início não que eu me formei sem o Google! Eu me formei em 2004, pela UERJ, em Pedagogia. Naquela época, eu tinha que pegar livros na biblioteca ou comprar textos na xerox para ter acesso ao conteúdo que o professor queria trabalhar. Construí meu TCC trocando ideias com minha parceira (fizemos em dupla), lendo muitos livros e pegando orientação com a professora. Já fazia uso de e-mail e era tudo o que eu usava da internet. Antes da graduação eu, é claro, tinha menos acesso ainda à tecnologia, tanto para trabalhar como para estudar. O mundo era desse jeito. Eu não tinha acesso, não conhecia, não usava e, portanto, eu não sentia falta. Escola era livro didático, folhinha mimeografada e cópia do quadro. Ah, claro, pesquisas feitas em enciclopédias com direito a desenho tirado em papel vegetal (velhaaaaaa) Quando eu fui percebendo que havia tecnologia boa para se utilizar na

A inclusão escolar: Um sonho ainda distante.

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Quando eu trabalhava em escola particular não havia inclusão . Uma vez apareceu um aluno que parecia ser deficiente mental. Ele mal falava e parecia que a idade mental era de 2 anos, quando ele tinha 5. Várias eram as reclamações dos demais pais, e quando as professoras (que logicamente não tinham informação suficiente) tentavam explicar que o menino tinha alguma deficiência, eram repreendidas pela direção. "tem que ter cuidado pra falar", diziam, mas não diziam como lidar com a criança. Ele ficava lá, não participava muito das coisas. Até que um dia perceberam que o garoto sabia ler TU-DO! Qualquer coisa. Mandavam ler, lia. Com fluência. Não esqueço a marca da televisão que tinha lá: Kirey. E, nessa época, o K, W e Y nem faziam parte do alfabeto da Língua Portuguesa. Ficamos maravilhadas, e pedimos que a escola o adiantasse um ano. A diretora disse que não o faria porque ele só lia letra bastão, e não letra cursiva. A mãe o tirou da escola, depois não tive mais notícia sob